Foto da construção do Açude Público tirada em meados da década de 1920 |
Conceito
histórico do município de Cruzeta
Cruzetenses
são os habitantes naturais da cidade de Cruzeta, ou seja, que nasceram ou
residem nela.
A
fundação da cidade de Cruzeta aconteceu em 24 de outubro de 1920, quando houve
a primeira feira no povoado e a primeira missa foi rezada pelo Pe. João
Clementino de Moraes.
O
Sr. Joaquim José de Medeiros encomendou uma pequena imagem esculpida primitivamente
em madeira por um artesão (não identificado) de Nossa Sra. da Saúde. Atualmente
denominada de Nossa. Sra. dos Remédios. Isto se deu pelo motivo de Nossa. Sra.
dos Remédios conduzir em seus braços o menino Jesus e um ramalhete de flor de
Liz, enquanto que Nossa Sra. da Saúde conduz em seus braços o menino Jesus e um
cálice. Mesmo assim, todos a veneram como Nossa Senhora dos Remédios como
costume dos nossos antepassados.
No
dia 18 de agosto de 1937, o povoado passou a condição distrito de Acari. No dia
25 de novembro de 1953, pela Lei nº 915, cruzeta desmembrou-se de Acari e
tornou-se município do Rio Grande do Norte. Segundo informações colhidas na
Prefeitura Municipal da cidade de Acari, houve época em que Cruzeta passou a
denominar-se João Pessoa. Isto se acredita acontecer na época em que fora
prefeito interino do município de Acari, o Sr. Cipriano Bezerra Galvão Santa
Rosa. Não há uma afirmação oficial desta mudança, apenas boatos coletados por
antigos pesquisadores.
Um
ofício encontrado no arquivo municipal daquela referida cidade, do Diretor
Geral do Departamento de Segurança Pública do Estado para o citado prefeito,
pedia informações se era oficial a mudança da povoação de Cruzeta para a
denominação de João Pessoa. O ofício com nº 414 é datado de 05/10/1931.
Entretanto, no referido arquivo, não foi encontrado nenhum documento que
comprovasse a mudança, nem tão pouco resposta do Prefeito ao Diretor do
Departamento justificando-a.
O plano urbanístico
da cidade foi feito por uma equipe do INFOCS, formada por Dr. Paulo Mendes da
Rocha, Dr. Constantino Reis Rocha, Dr. Sílvio Adherne, Dr. Antídio Guerra
(agrônomo sanitarista que dirigiu a Estação Experimental do Seridó de 1936 a
1945) e mais o empírico Francisco Raimundo de Araújo, convidado por eles para
integrar a equipe. Francisco Raimundo apontou o local onde deveria se situar os
principais pontos da cidade e os engenheiros se submeteram as suas decisões.
Datado pela História o português Antônio Pais de Bulhões foi o primeiro proprietário dessas terras. Vindo da Paraíba, ele chegou às terras que hoje é a cidade de Cruzeta por volta do século XVIII, construindo sua fazenda à margem do Rio São José, num lugar que um beneficiado seu denominou “Remédio” num dia de aflição em tempo de seca, ainda no século XVIII.
Em outro ano de seca, esforçando-se ele para salvar seu rebanho, e o de seu amigo, da fome e da seca, começou a cavar cacimbas no leito seco do rio: se não encontrasse água, seria uma calamidade; se encontrasse, teria o remédio. Encontrou. “Daí a origem do nome Fazenda Remédio”.
Há muitos e muitos anos atrás...
Os primeiros habitantes das terras onde hoje está
localizada a cidade de Cruzeta foram os índios Cariris, Janduís e os Caicós.
Expulsos pelos colonizadores do vizinho Estado da Paraíba, eles partiram rumo
ao Seridó, no Rio Grande do Norte, onde se fixaram. A caçada aos índios
continuou e nas últimas décadas do século XVII, na chamada Guerra dos Bárbaros,
os Cariris, Janduís e Caicós foram expulsos do Seridó, abrindo perspectivas
para a colonização da região. Foi nesse período que essas terras começaram a
tomar povoação.
Datado pela História o português Antônio Pais de Bulhões foi o primeiro proprietário dessas terras. Vindo da Paraíba, ele chegou às terras que hoje é a cidade de Cruzeta por volta do século XVIII, construindo sua fazenda à margem do Rio São José, num lugar que um beneficiado seu denominou “Remédio” num dia de aflição em tempo de seca, ainda no século XVIII.
Em outro ano de seca, esforçando-se ele para salvar seu rebanho, e o de seu amigo, da fome e da seca, começou a cavar cacimbas no leito seco do rio: se não encontrasse água, seria uma calamidade; se encontrasse, teria o remédio. Encontrou. “Daí a origem do nome Fazenda Remédio”.
Bandeira de Cruzeta |
A bandeira
do Município de Cruzeta, Estado do Rio Grande do Norte, é esquartelada em cruz,
sendo os quartéis de azul, construídas por faixas recruzetadas de amarelo de
três módulos de largura carregada de sobre faixas recruzetadas de vermelho
disposta em sentido horizontal e um círculo branco de oito módulos de
circunferência, carregada de uma Flor de Liz azul.
A Flor de
Liz aplicada na bandeira é o símbolo da padroeira Nossa Senhora da Saúde (dos
Remédios), estendendo o governo municipal, e o círculo branco da eternidade por
se tratar de uma figura geométrica que não tem princípio nem fim.
Sobre as Cores:
Branco – Símbolo da paz, amizade, trabalho,
prosperidade, pureza e religiosidade. – A glória, esplendor, grandeza e
riqueza.
Vermelho – Dedicação, amor pátrio, audácia,
intrepidez, coragem e valentia.
Azul– Representa a justiça, a nobreza,
perseverança, zelo, realidade, recreação e formosura.
O Brasão de Armas de Cruzeta é de autoria do heraldista e
vexilologista Prof. Arcinoé Peixoto de Farias, é descrito em termos próprios da
seguinte forma:Brasão de Cruzeta |
Escudo clássico flamengo-ibérico encimado pela coroa mural de seis torres, de argente encimado de três faixas ondada no mesmo.
Acantonadas em chefe, cruzes recruzetadas e ao
termo um peixe nadante, entrecuzados em ponta, contendo em letras argentinas e
tepôneo “CRUZETA” ladeada dos milésimos 1920 e 1953.
Tem o estilo de escudo usado em Portugal a
época do descobrimento. A coroa mural é o símbolo universal dos brasões de
domínio que, sendo argente (prata) de seis torres, das quais apenas quatro são
visíveis no desenho, classificada a cidade representada na terceira grandeza,
ou seja, sede do município.
A iluminaria de goles (vermelho) é condizente com os predicados dos pioneiros colonizadores e dirigentes da comunidade.
A cor azul do campo do escudo é símbolo de justiça, nobreza, perseverança, zelo, lealdade, recreação e formosura.
No centro as faixas ondadas encimadas da flor de Liz, tudo de argente prata representando os rios Salgado, Quimporó e do Meio.
As cruzes recruzetadas em ouro lembram o topôneo que a cidade ostenta “CRUZETA “ e os pendores religiosos do seu povo.
O peixe nadante lembra a piscicultura de seus rios e (foi) a principal atividade econômica dos munícipes.
Os galhos de algodão apontam (o que foi) o principal produto oriundo da terra dadivosa e fértil.
No listel de goles (vermelho), cor simbólica da dedicação, amor pátrio, audácia, intrepidez, coragem, valentia, inscreve-se em letras argentinas (prateadas), o topôneo identificador “CRUZETA” ladeado pelos milésimos 1920 de sua fundação e 1953 de sua emancipação política.
Fonte:Portfólio Cultural RN