“Vocês que fazem parte dessa massa. Que passa nos projetos
do futuro. É duro tanto ter que caminhar. E dar muito mais do que
receber…” (Admirável gado novo – Zé Ramalho)
Por Talita Maciel
Minha vida de funcionária pública tem me
trazido momentos ímpares de aprendizado e análise da natureza humana, a cada
dia que passa, reflito sobre um interessante tema, muito em evidência em
períodos eleitorais: A cidadania.
A todo tempo ouve-se que o voto é um direito do cidadão, é um exercício da cidadania, o que me leva a pensar: a grande massa tem noção de o que é isso? Não falo aqui de classes sociais de pessoas mais ou menos pobres, penso que essa falta de informação vai além dessas classes. Penso que diz respeito à falta de uma informação mais completa e correta sobre o tema.
A cidadania não é algo que se lembra no momento da eleição, é um exercício diário, é você ter consciência de sua importância na vida da sociedade e do país, é perceber e sentir-se parte da máquina, é não esperar simplesmente que coisas venham do governo
Essa mentalidade paternalista tem que acabar, pois transforma o cidadão em um sujeito passivo que aguarda ser cuidado. O Estado existe para nos proteger sim, mas essa proteção vem do fato de juntos sermos muitos e fortes e nos reunimos ao redor deste Estado, que nos traz essa força.
O assistencialismo do
governo tem seu preço: nós o pagamos através de uma carga tributária altíssima
que nos faz dos 12 meses do ano trabalhar 4 só para pagar impostos. Muitas
pessoas degradam bens públicos, não valorizam o que vem do governo por não ter
ideia que esse dinheiro vem de nossos bolsos, e que gastá-lo de forma
desordenada não fará políticos corruptos deixarem de lesar nosso país.
Atitudes críticas e conscientes, valorização de grupos sociais de discussão podem sim mudar isso, questionar, cobrar de forma consciente, procurar entender para melhorar a participação, parar de achar que política é coisa “chata” que “todos os políticos são corruptos” e que “nada muda mesmo para o pobre”. A mudança é possível, mas tem de partir de cada um, de nossos questionamentos, de nossas ações, de nosso real exercício da cidadania.
Atitudes críticas e conscientes, valorização de grupos sociais de discussão podem sim mudar isso, questionar, cobrar de forma consciente, procurar entender para melhorar a participação, parar de achar que política é coisa “chata” que “todos os políticos são corruptos” e que “nada muda mesmo para o pobre”. A mudança é possível, mas tem de partir de cada um, de nossos questionamentos, de nossas ações, de nosso real exercício da cidadania.
Cidadania é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não será obstada. Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe também deveres. O cidadão tem de ser cônscio das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum. Fica aqui o registro de um cidadão cruzetense consciente dos seus direitos e deveres.
ResponderExcluirHutson Barbosa está fazendo sua propaganda para vereador antecipada e a Justiça Eleitoral não permite isso, Estamos de olho Ok